
O Senado Federal está analisando um Projeto de Lei que propõe a obrigatoriedade do exame psicotécnico em todas as renovações da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), uma medida que promete impactar significativamente o processo de habilitação no Brasil. Atualmente, o exame psicotécnico é exigido apenas na primeira habilitação e para motoristas que exercem atividade remunerada, como caminhoneiros e motoristas de ônibus. A nova proposta, no entanto, busca estender essa exigência a todos os motoristas, independente da categoria de habilitação.
A justificativa por trás da proposta é baseada na premissa de que as condições de saúde mental de um indivíduo podem mudar ao longo do tempo, o que pode afetar diretamente a capacidade de dirigir com segurança. De acordo com os defensores da medida, problemas como estresse, depressão e outros distúrbios psicológicos podem surgir ou se agravar com o passar dos anos, comprometendo a atenção e o discernimento necessários para uma condução segura. Por isso, a exigência do exame psicotécnico em cada renovação da CNH seria uma forma de garantir que os motoristas estejam aptos a dirigir em condições adequadas.
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O senador Davi Alcolumbre, relator do projeto, argumenta que a inclusão do exame psicotécnico nas renovações periódicas da CNH é uma questão de saúde pública e segurança viária. Ele acredita que, com a implementação dessa medida, será possível reduzir o número de acidentes de trânsito causados por motoristas que, embora estejam em dia com suas habilitações, possam estar enfrentando problemas psicológicos que comprometem sua capacidade de condução.
Para que a proposta se torne lei, o Projeto de Lei ainda precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados, além de passar por outras etapas no processo legislativo. Caso seja aprovado, a nova exigência poderá entrar em vigor nos próximos anos, alterando de forma significativa o processo de renovação da CNH para milhões de motoristas em todo o país.
Se implementada, a medida trará novas responsabilidades tanto para os motoristas quanto para os órgãos de trânsito, que terão que adaptar suas estruturas para a realização dos exames psicotécnicos de forma mais ampla e frequente. O debate sobre a proposta continua, e muitos aguardam os próximos passos para entender como essa mudança poderá impactar o cotidiano dos motoristas brasileiros.